O alvo era o filho, mas quem acabou morto foi o pai, na aldeia Plipatol em José Boiteux

Foto/Reprodução/Divulgação

Um tiro atingiu a pessoa errada em uma rixa na aldeia indígena Plipatol em José Boiteux. O fato aconteceu na madrugada deste sábado (22).

 De acordo com a Polícia Militar, três homens incendiaram uma casa e alguns carros para atrair um desafeto, identificado como Alison, com quem tinham uma rixa antiga. No entanto, quem foi ao local foi o pai dele, Ademilson Barbosa.

A vítima acabou sendo atingida por disparos de pistola e espingarda calibre 12. Após o crime na Aldeia Indígena, os criminosos fugiram do local, mas a Polícia já identificou os suspeitos.

Ademilson Barbosa não resistiu aos ferimentos.

Assim que os criminosos foram embora, Alison foi até o local tentar apagar o fogo e, ao ver o pai caído, colocou-o em uma caminhonete e seguiu para o hospital da cidade. No entanto, a vítima já chegou sem vida. A Polícia Militar também esteve no local.

Ademilson Barbosa era cunhado do cacique da Aldeia, Vóia Lima. A Polícia Científica foi até o local do crime para recolher o corpo da vítima, a Polícia Civil vai investigar o caso.

Esta é a segunda vítima em menos de um ano na aldeia na mesma regiãoem menos de um ano.

 Em abril do ano passado, o líder indígena Hariel Paliano, de 26 anos, foi morto numa emboscada, na localidade de Bonsucesso, dentro de uma terra indígena na cidade de Itaiópolis, na divisa com José Boiteux. A Polícia prendeu o suspeito do crime em Xanxerê, depois que a Justiça decretou sua prisão temporária.

Relembre o caso

Moradores encontraram o corpo de Hariel na madrugada de sábado (27), às margens da rodovia que liga as cidades de Doutor Pedrinho, no Vale do Itajaí, e Itaiópolis, no Norte do estado. O corpo apresentava sinais de espancamento e queimaduras. O crime ocorreu a cerca de 300 metros da casa de Hariel, que havia saído para ir numa mercearia comprar alimentos. Minutos antes, Hariel conversou por chamada de vídeo com a mãe e o padrasto, que estavam em Brasília naquela semana. Na madrugada de 4 de abril, três semanas antes do crime, a casa da família de Hariel havia sido atingida por dois tiros, mas ninguém se feriu.