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Foto/Reprodução/Divulgação |
O Pastor Dirlei Paiz (PL), preso desde o dia 16 de setembro do ano passado pela Polícia Federal, a pedido do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes foi solto na noite desta sexta-feira (21/02). Ele deixou o Presídio Regional de Blumenau acompanhado do seu advogado Jairo dos Santos.
A soltura foi determinada pelo próprio Alexandre de Moraes conforme informou o advogado. Na época o motivo da prisão seria o descumprimento de medidas cautelares, como o uso de redes sociais. Dirlei foi candidato a vereador e, mesmo preso, fez 1.795 votos.
Dirlei foi preso dua vezes. A primeira aconteceu em agosto de 2023, dentro dos inquéritos que investigam os atos antidemocráticos de 8 de janeiro daquele ano. Dirlei foi acusado de fazer parte de um grupo de WhatsApp chamado Festa da Selma, que organizava a viagem de pessoas a Brasília para participar das manifestações que culminaram com a invasão dos prédios dos Três Poderes e a depredação desses espaços públicos.
Sem tornozeleira
Segundo Jairo dos Santos, Dirlei está livre e com todos os direitos políticos, civis e criminais preservados, ou seja, sem responder a nenhum inquérito e sem condenação nestes ou em qualquer outro processo. Vai poder ter de volta suas redes sociais, mediante o pagamento de R$ 5 mil, que vai acontecer na segunda-feira com a abertura do Fórum.
Ainda segundo o advogado, não vai precisar mais usar tornozeleira eletrônica, não tem restrição de horários e teve seus direitos políticos preservados. Como quarto suplente de vereador, pode assumir uma cadeira na Câmara e também ocupar cargos públicos.
O advogado fez um desabafo, afirmou que muitos desacreditaram seu trabalho, mas agora consegue o reconhecimento. Disse que a família de Dirlei recebeu pressões para trocar de profissional, mas que a postura da defesa foi fundamental para o resultado agora, com o fim do processo.
Dirlei Paiz foi uma das principais lideranças do acampamento montado em frente ao quartel do exército em Blumenau, que reuniu pessoas inconformadas com o resultado da eleição de 2022, quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu Jair Bolsonaro (PL). Registros mostram ele fazendo a defesa da intervenção militar.