Acidente que matou 61 pessoas: não houve comunicação de emergência do avião, diz Cenipa

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O Cenipa, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da FAB, já está com as equipes no município de Vinhedo, em São Paulo, para investigar a queda do avião da Voepass.

Segundo o Cenipa, o voo da Voepass ocorria dentro da normalidade até 13h20. Mas, a partir das 13h21 a aeronave não respondeu mais às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo.

E também não declarou emergência ou condições meteorológicas adversas. Como informou o Chefe do CENIPA, Brigadeiro do Ar Marcelo Moreno.

“O que nós temos, até agora, é que não houve, por parte da aeronave, comunicação com os órgãos de controle, de que haveria uma emergência”.

Segundo o Cenipa, a perda do contato com o radar do aeroporto ocorreu às 13h22. E o sistema que coordena as operações de busca e salvamento foi acionado às 13h26 e encontrou a aeronave acidentada dentro de um condomínio.

Segundo a Anac, a Agência Nacional de Aviação Civil, a Voepass também estava com toda a documentação em dia. Como explicou o diretor da Anac, Luiz Ricardo.

“Pela Agência Nacional de Aviação Civil, a Voepass é uma empresa de transporte regular. Não é um táxi-aéreo e estava totalmente de acordo. A aeronave também se encontrava com as condições normais de aeronavegabilidade. Era uma aeronave que foi construída em 2010 e deu entrada no Brasil em 2022. Nesse caso, está tudo de acordo com o previsto na nossa regulamentação”.

Já a Polícia Federal, em nota, disse que iniciou as investigações para apurar o acidente com o avião da Voepass. Os policiais federais já estão no local do acidente e foi montado um gabinete de crise no Aeroporto de Guarulhos.

E segundo a Polícia Militar de São Paulo, o IML, Instituto Médico Legal de Campinas, está com pelo menos 4 carros para identificação dos corpos.

O acidente aéreo fez 61 vítimas: 57 passageiros e 4 tripulantes.

Edição: Bianca Paiva / Fran de Paula/Agência Brasil


José Carlos Goes

Sou locutor tendo atuado em várias emissoras de rádio em Blumenau por quatro décadas. Sou jornalista e trabalhei em vários jornais impressos. Sou blogueiro.

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